Este é o meu testemunho. Um testemunho cristão sobre a dor do parto.
A intenção deste testemunho é a edificação de outras gestantes e não a glorificação da via de parto. Meu parto não é um troféu para ser exibido, é apenas a via pela qual Deus usou para me ajudar a glorificar a Ele com meu corpo e minha vida, para me ensinar a confiar e me entregar totalmente nas mãos Dele. Na parte 1 , eu falei um pouco sobre como isto aconteceu comigo, a partir de minha compreensão de como seria a DOR do Parto, veja a PARTE 1 AQUI...
O DIA DO PARTO: Porventura faço chegar a hora do parto e não faço a criança nascer?” Assim diz o SENHOR. “Ora, sou Eu quem provê as dores de parto; como poderia Eu querer fechar a madre ao nascimento dos filhos? Sou eu, Yahweh, teu Deus, quem te fala!”
Então, no dia 12 de dezembro as 8hrs eu acordei com meu peito jorrando leite do lado direito. A ocitocina estava tomando conta e eu senti claramente que meu filho estava chegando. “É hoje” eu pensei. E tudo parecia certo, mas faltava uma coisa. Eu queria que meu esposo orasse pelo parto.
Como ele queria fazer a cesárea, a forma que "o convenci" a
aceitar o parto normal foi marcarmos para dia 13 de dezembro a cesárea. E se o bebê viesse antes, assim seria. No
entanto, eu queria muito que ele , como autoridade escolhida por Deus, para nos
guiar e cuidar, abençoasse o parto. Assim, fui até o quarto, e o acordei umas
8:30 da manhã e falei para ele que o bebê iria nascer neste dia e pedi que ele
orasse e entregasse o parto para Deus. Ele colocou a mão na minha barriga e
orou. Vinte minutos depois eu senti a primeira contração. Foi uma cólica de uns
30 segundos. Eu me emocionei. Meu bebê
estava chegando.
Umas 9h30 da manhã senti outra contração e fui na varanda e gravei um videozinho e
postei no instagram e chamei de dancinha do nascimento. Se for comparar a dor,
esta dor que eu sentia era como uma cólica menstrual forte, e eu tive muitas
durante minha vida, por ter ovários micropolicísticos sempre tive ciclos
irregulares com muita dor, então até o momento parecia apenas as dores normais.
Aí senti uma dor um pouco mais forte, e meu corpo se
contraiu. Senti um frio na barriga, ia começar a sentir medo quando me
repreendi e falei para mim mesma para respirar, pois Deus estava guiando o
parto. Fechei os olhos e lembrei do vídeo que vi de flores desabrochando. Para
relaxar, fui para o chuveiro e fiquei lá, só para relaxar mesmo e a cada meia
hora sentia uma contração, e umas 10h30 a Doula Mariana chegou. Eu e ela
ficamos ali conversando, saí do banho, fomos para a bola...eu amei a bola, foi
o que mais me ajudou a relaxar e respirar durante todo o trabalho de parto.
Minha mãe e esposo estavam pela casa fazendo seus afazeres e
meu filho brincando. Tudo estava normal. Eu e a Mariana, com tranquilidade continuamos
observando e respirando juntas e aguardando. Por alguns momentos saímos no
quintal, eu não quis andar muito, apenas queria ficar na bola, mas demos uma
voltinha e falamos sobre as gralhas azuis que roubam as frutas do meu quintal e
os sagüis que chegam em bandos. Contei também a história da minha parreira que
só deu uva duas vezes, uma quando Sam nasceu e agora este ano. Como era ruim
caminhar, eu voltei para a bola.
Como eu parava de falar e respirava fundo, Mariana ficou
marcando as contrações que ainda pareciam sem ritmo mas eram dolorosas. Eu
respirava e lembrava que meu corpo estava se abrindo. Mariana dizia que cada
dor é válida e importante para o parto, e nós conversávamos que era “cada
contração era uma contração a menos”. Ainda na bola eu resolvi fazer um meme
para o pessoal de um grupo de homeschooling para orarem pelo meu parto rsrsr
ela riu. Depois pedi que meu esposo tirasse foto de nos duas juntas, e no
intervalo das contrações eu editei e postei no instagram rsrs lembro que falei “Calma
Lucas, deixa a mamãe postar a foto no insta” e Mariana riu.
Depois, finalmente fomos almoçar, era 12:12, eu lembro pois
olhei no relógio e brinquei que era dia 12 de 12 e ele podia nascer as 12:12 ,
e comi e repeti o prato , e parava para respirar pois as contrações estavam
mais fortes. Só que não abri mão de comer pois todo mundo fala que depois que
vai para o hospital não pode comer nada. Ainda durante o almoço, vi que o
semblante de Mariana ficou diferente, ela parecia mais preocupada pois as
contrações estavam mais ritmadas e ela falou que podíamos avisar o médico. Eu
mandei whatsapp para ele ali mesmo, avisando que estávamos indo para o
hospital.
Eu levantei da mesa mas veio uma contração mais forte, me
abaixei segurando na mesa e esta durou mais de um minuto. Eu e Mariana nos
olhamos, meu esposo parecia tenso, a vizinha que viria ficar com Sam estava
doente, e minha mão não ia poder ir mais. E eu observava tudo e estava calma,
eu sabia que não haveriam imprevistos neste dia, pois orei muito por este dia e
tudo o que acontecesse , seria por vontade de Deus.
Então fomos para o carro, Mariana ajudou a me acomodar com
travesseiros a mais, e levei o celular para eu mesma continuar anotando o
ritmo. O trajeto levou uns 30 ou 40 minutos, e perto da maternidade entrei em
trabalho de parto ativo. As contrações ficaram de 2 em 2 minutos, eu respirei
fundo e falei com calma para o esposo que estava dirigindo “acho que entrei em
trabalho ativo”. Ele ficou mais tenso. Aguardei o próximo intervalo para enviar
para o médico o relatório do aplicativo que dizia quantas contrações eu estava
e qual a duração. Eu já ficava só de olhos fechados e abria só nos intervalos.
Quando chegamos na maternidade, as 14:09, eu levantei e saí do carro e entrei sozinha,
enquanto meu esposo estacionava. Na porta uma contração, vi que o intervalo
entre elas parecia segundos. Cheguei na
recepção com meus documentos e entreguei e falei PUPIN e fui me apoiar no sofá
e respirar. Quando abri os olhos o médico segurava uma mão minha e a outra mão
a Mariana segurava.
Fomos no consultório e ele fez um exame de toque. Eu estava
com 7cm. Após o exame comecei a sentir dores fortíssimas. A dor acrescentada.
Era ela. E eu olhei meu esposo. O homem que eu amo, e que me cuida , com seu
olhar preocupado. Eu senti medo . Como Pedro caminhando no mar, eu estava
afundando. Eu , sozinha, por eu mesma, não suportaria. Olhei para meu esposo e
pedi anestesia. (Depois achei interessante que não pedi cesárea rs, nem passava
pela minha cabeça a cirurgia). Meu esposo saiu atrás de informação para
anestesia, e estava preocupado pois havia esquecido em casa a mala da
maternidade. Ele estava tão nervoso, e a presença dele me fazia querer colo, e
no momento eu não precisava de colo, eu precisava era me entregar totalmente
nos braços de Deus.
Após o exame de toque, o médico estimou umas 2 ou 3hrs no
máximo para o parto , e meu marido resolveu ir em casa buscar a mala da
maternidade. Eu falei “se você for, você vai perder o parto”, mas ele estava
muito nervoso e penso que tudo aconteceu como deveria realmente ser, não sei se
ele suportaria me ver passar pela dor . Em muitos textos as mulheres chamam
isto de “a hora da covardia”, mas eu sinceramente discordo. Se eu estivesse me
achando corajosa, até poderia ser, mas este momento é o momento , em que duvidamos
que vamos conseguir, é o momento em que a dor é grandemente aumentada pela
justiça de Deus. No entanto, com ELE, conseguimos passar por este momento e
alcançar a vitória da vida sobre a morte.
Após o exame, saí do consultório para a sala do parto em uma
cadeira de rodas. Mariana solicitou a sala com banheira, e ao chegarmos na sala
ela foi coordenando tudo. Foi minha voz e minhas pernas, meus braços e meus
olhos. A presença dela foi fundamental. Pediu que enchessem a banheira, e me
levou ao chuveiro. Quando cheguei no chuveiro senti vontade de subir de cócoras
na cadeira que estava lá, mas era de plástico e não era própria e tive medo de
cair, mas ao levantar uma perna ouvi um barulho como um estouro de um jato e
Mariana falou “saiu o tampão”. Saiu inteiro em um jato de água. Abri um olho
para ver e voltei a fechar. Eu só respirava e me concentrava.
Eu não lembro como eu falei, mas eu disse que não conseguia
ficar em pé, e ela me levou para a banheira. Assim que entrei fiquei deitada de
lado. Queria entrar toda na água e mergulhar,foi ótimo virar de lado e tirar a
pressão da cabeça do bebê do cóccix (eu tinha visto um vídeo no youtube sobre
isto, e na hora que virei de lado lembrei do vídeo rs).
Esta fase não lembro o tempo que passou, mas Mariana me
falou que ficamos uns 20 minutos só nós duas. Meu corpo tremia todo , eu sentia
a cabeça do bebê descendo pelo canal e os ossos do meu corpo tremendo. Eu senti
como se eu estivesse sendo partida ao meio. Eu clamei misericórdia a Deus e a
Jesus para me ajudarem a suportar a dor. Eu senti como se meu corpo estivesse
sendo partido ao meio. A cada contração eu sentia que meu corpo se empurrava
para baixo sozinho, e eu que estava vocalizando e respirando até antes deste momento,
agora comecei a fazer instintivamente um som mais gutural , o de abertura de
esfíncteres .
A respiração e a vocalização foram fundamentais para me concentrar e não atrapalhar meu corpo a trabalhar. Somente em um momento eu lembro de ter perdido o ritmo da respiração, e em pensamento falei “Jesus, eu não lembro mais como respira” e ouvi a voz do médico falando “Respira com calma”, e voltei a me concentrar.
É incrível como passa tanta coisa em nossa mente entre uma dor e outra. Pensei
O médico perguntou se eu estava confortável na posição que eu estava, e falei que sim. Perguntou se eu podia ir na maca para ele analisar, eu respirei e falei “na próxima”, mas que nada, a próxima contração veio bem longa e eu respirei e fiz força vocalizando, e a cabeça do bebê já era visível, e de uma vez saiu. Na próxima contração ele me ajudou a retirar o ombro e o bebê saiu inteiro. Ele o segurou e me entregou, avisando que o cordão era curto. Meu corpo todo tremia, eu senti temor de segurar e deixar o bebê cair .
A respiração e a vocalização foram fundamentais para me concentrar e não atrapalhar meu corpo a trabalhar. Somente em um momento eu lembro de ter perdido o ritmo da respiração, e em pensamento falei “Jesus, eu não lembro mais como respira” e ouvi a voz do médico falando “Respira com calma”, e voltei a me concentrar.
É incrível como passa tanta coisa em nossa mente entre uma dor e outra. Pensei
O médico perguntou se eu estava confortável na posição que eu estava, e falei que sim. Perguntou se eu podia ir na maca para ele analisar, eu respirei e falei “na próxima”, mas que nada, a próxima contração veio bem longa e eu respirei e fiz força vocalizando, e a cabeça do bebê já era visível, e de uma vez saiu. Na próxima contração ele me ajudou a retirar o ombro e o bebê saiu inteiro. Ele o segurou e me entregou, avisando que o cordão era curto. Meu corpo todo tremia, eu senti temor de segurar e deixar o bebê cair .
Eu sentei e o segurei por alguns minutos. Depois, o médico falou para eu mesma cortar o
cordão, e eu pude cortar, nem acreditei, sempre achei algo muito simbólico e
maravilhoso fazer isto, e foi um privilégio poder fazer isto eu mesma. Era algo
que eu sempre desejei fazer, eu pensava “como será cortar o cordão umbilical de
um bebê ligado na mãe?”, e eu pude fazer isto com meu próprio filho. Ficamos um
pouco na banheira. Mariana tirou umas 3 fotos em seu celular, que guardaram
para sempre o momento, ficaram lindas as fotos e sou muito grata por todo o cuidado
e carinho dela por nós.
Só então eu saí da banheira,e meu corpo todo tremia. O
médico ajudou a placenta sair, e fez 3 pontos, um inteiro e dois pequenos em
cantos diferentes, foi uma laceração pequena para um bebê grande.
Lucas nasceu as 15:12 hrs de parto natural com 3700kg e 50kg,
sem anestesia.
E só então meu esposo e minha mãe chegaram , e viram o bebê.
E depois que contei como foi, chegamos a conclusão que foi melhor os dois não
estarem ali, pois eles são meu refúgio visível neste mundo, e na hora da dor,
que eu tanto precisava enfrentar, se eu tivesse eles no alcance dos meus olhos,
talvez eu fosse fraquejar. Deus sabe todas as coisas. Só sei que assim que vi o
Lucas, toda a dor havia se dissipado. Não havia mais nada, só a alegria, o
prazer, a felicidade plena. Deus estava comigo, havia me ajudado mais uma vez.
Que abençoada eu me senti, e na mesma hora deu uma vontade de ter outro filho e
fazer tudo igual de novo. Eu comentei isto e sorri.
Foi incrível. Que Deus maravilhoso. Eu nunca imaginei que o
parto seria na água, mas sempre achei lindos os partos na água. Nunca imaginei
que eu mesma iria cortar o cordão, e sempre qui fazer isto (mesmo com medo de
parto rsrs ). Superou todas as minhas
expectativas. Foi a experiência mais incrível de todas. Emocionante.
Dias após o parto eu fiquei revivendo o momento,
relembrando. Eu não esqueci a dor e não quero esquecer. Eu não me sinto mais
forte e nem mais mulher. Ao final do parto eu só pensava com gratidão por Deus
ter me feito mulher, e capaz de gerar e
de parir, eu senti como se eu fosse um violino, usado por um músico talentoso,
eu não tinha noção de que fosse capaz de tocar música tão bela, a melodia
perfeita do nascimento.
__________
Observação: Se você é cristã. Fuja do vocabulário e da ideologia feminista que se apropriou da benção do parto para incutir no coração das mulheres um espírito de desobediência e rebeldia a Deus. Procure mulheres cristãs sábias e instruídas na palavra de Deus para lhe ajudar. A primeira coisa que você precisa saber é que cristãs não se empoderam, elas renunciam a si mesmas para a Glória de Deus.
No mais, oro para que este testemunho edifique e ajude outras mulheres a buscarem em Cristo a ajuda necessária para o nascimento de seus filhos.
Que ELE seja glorificado neste instante tão especial de suas vidas.
NOTA: AGRADEÇO de todo o coração toda a ajuda online que recebi das amigas queridas do Grupo Cristão de apoio ao parto e as amigas da página e grupo Auxílio do Parto. Todas cristãs muitos solícitas em ajudar e tirar as dúvidas, entre elas há doulas cristãs que estão sendo instrumentos nas mãos de Deus. Obrigada em especial a Doula Arielle e Mariana e a Obstetra Rossane
RECOMENDAÇÃO:
Encerro este relato agradecendo a queria Mariana - Doula Cristã que super recomendo. Assim que ela fizer instagram dela como Doula , eu coloco o link aqui.
Mariana foi um presente de Jesus para mim, eu a conheci perto do parto, e a vi umas 2vezes antes de meu filho nascer, apesar disto, tivemos uma ligação muito especial.
Meu parto foi uma experiência espiritual e muito se deu pela presença de Mariana, com seu jeito calmo e me ajudando a lembrar de Cristo enquanto sentia minhas dores. Ela me ajudou a entregar para Cristo as dores que eu estava sentindo, enquanto eu as sentia.
Ela me deu o amparo que eu precisava, o abraço quando necessário, o diálogo, o silêncio, foi meus olhos e voz durante o parto com as outras pessoas e permitindo que eu ficasse mais introspectiva e mergulhasse mais na experiência do parto.
Meu coração é eternamente grato, e oro para que Deus prospere o trabalho das mãos dela e que muitas outras mulheres sejam abençoadas.
Obrigada Mariana, você é uma flor preciosa para Deus, e estará sempre em minhas orações. <3 p="">3>
Encerro este relato agradecendo a queria Mariana - Doula Cristã que super recomendo. Assim que ela fizer instagram dela como Doula , eu coloco o link aqui.
Mariana foi um presente de Jesus para mim, eu a conheci perto do parto, e a vi umas 2vezes antes de meu filho nascer, apesar disto, tivemos uma ligação muito especial.
Meu parto foi uma experiência espiritual e muito se deu pela presença de Mariana, com seu jeito calmo e me ajudando a lembrar de Cristo enquanto sentia minhas dores. Ela me ajudou a entregar para Cristo as dores que eu estava sentindo, enquanto eu as sentia.
Ela me deu o amparo que eu precisava, o abraço quando necessário, o diálogo, o silêncio, foi meus olhos e voz durante o parto com as outras pessoas e permitindo que eu ficasse mais introspectiva e mergulhasse mais na experiência do parto.
Meu coração é eternamente grato, e oro para que Deus prospere o trabalho das mãos dela e que muitas outras mulheres sejam abençoadas.
Obrigada Mariana, você é uma flor preciosa para Deus, e estará sempre em minhas orações. <3 p="">3>