Maternal
Jorra leite da alma
para alimentar um desejo
recém-nascido de ser.
Não era sonho: era nada.
De repente tornou-se
um fragmento do universo
e meio plano futuro.
Surgia um tsunami de anseios
a cumprir o ciclo natural .
Um fazer-se mais mulher
desejo de apego e transformação,
o querer ser marcada no corpo e na alma.
E costurar outro ser em si mesma
e rasgar-se pelo outro com amor.
O que era um apego distante
retorceu sua carne e sangrou em seu grito:
_ Eu quero ser mãe! Eu juro que eu quero!
Ninguém a calava.
Ninguém a ouvia.
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