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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Como NÃO transformar um bebe fofinho em FRANKSTEIN JR?

Como diz-se por aí, e acho que já falei aqui, há SOMENTE dois tipos de "filho" (no singular mesmo) :

O FILHO dos outros  e o nosso FILHO.

Tudo o que é feio ver o filho dos outros fazer, talvez seja uma descoberta ou até interessante quando nosso filho é quem faz.

É fácil olhar a criação que os outros dispensam para seus filhos, até mesmo em nossa própria família,
estamos sempre observando como nossos primos e irmãos criam seus fihos.
E nossa luz de crítica se acende quando vemos algo que achamos errado, e prontamente pensamos :
__ Com o meu filho vai ser diferente! Meu filho não vai ser assim.
Ou falamos
__ Se eu tiver mais de um filho não vou tratar eles assim, vou dividir o amor igualmente.

Mas aí eu penso...que estes irmãos e primos, quando ainda não tinham filhos...pensavam a mesma coisa.
E só a realidade e o dia a dia, e a rotina, mostra verdadeiramente quem nós conseguimos ser como pais e mães.
É difícil...ninguém consegue ser um pai ou uma mãe perfeito...e isto é algo que eu não almejo.
Eu quero ser a melhor mãe que eu puder...assim como sei que minha mãe é. Apesar da realidade em que ela viveu e vive, ela deu seu melhor, e fazia o que achava ser certo e o que aprendeu.

E assim...cada geração vai tentando aprimorar os ensinamentos, e a maneira de criar os filhos...
e nesta evolução às avessas nós vemos muitos filhos criando os pais. Ainda no berço e já mandam em casa.

A natureza sabe o que faz quando dá tanta beleza e fofura para um bebezinho... e o objetivo é apenas para que ele não seja abandonado ou negligenciado...mas atualmente em nome desta fofura muitos pequenos ditadores estão destruindo castelos que estabeleceram sua fundação na areia.
Está certo... as crianças testam os limites e impoem seus limites. E todos nós que AINDA NÃO TEMOS FILHOS sabemos disto, mas por que quando nascem os filhos...esquecemos disto?

Pois eu estou aqui me esforçando para descobrir uma pílula que me ajude a lembrar de todos os valores em que eu acredito, para quando meu bebê nascer eu possa ensiná-lo a se encaixar nestes valores assim como eu me encaixarei no papel de mãe e não de escrava de suas vontades.

Conversando com meu esposo, pensamos que aquilo que OS OUTROS fazem e não nos agrada, servirá para nos guiar como um exemplo do que não queremos, mas não apenas isto... verei que observar a maneira como os outros criam seus filhos nos ajudará também a não nos sentirmos fracassados quando cometermos os mesmos erros. Afinal é preciso errar e fracassar para se aprender a ter sucesso...então eu vou errar sim...pois o erro é um processo para o acerto.


Sabe o que acho mais perigoso? Sempre achei desigual a relação entre pais e filhos, os pais sempre se doando e os filhos só recebendo...esta era minha visão. E agora que serei mãe ...fico imaginando meu bebê com sua fofura e beleza me manipulando para fazer todas as suas vontades.
E me imagino sorrindo e falando : "E dá para ficar brava com uma coisinha fofa destas?"
Eu preciso me esforçar para lembrar que o bebê mesmo sem falar, é capaz de entender muitas coisas, e que o choro é seu meio de comunicação e nem sempre que ele sorri está feliz mas pode estar nervoso ou assustado. E que o bebê, como li através de experiencias feita por psicólogos nos EUA, possuem um senso do que é bom ou mau, e posso usar este senso para ajudá-lo a entender seu papel em nossa família.

Por isto que eu , como futura mamãe, ainda acredito que se o bebê se torna um pequeno FRANKSTEIN , a culpa é em grande parte da educação que recebe dos pais. Muitos pais estão ocupados e não tem tempo para os filhos, e suprem a ausencia satisfazendo todas as vontades dos filhos, e isto ensina para a criança que o mundo está ali para a servir.
Eu imagino este pequeno Frankstein Jr crescendo sem decepções, e sem frustrações, e na adolescencia chocando-se com outra realidade...afinal seus desejos crescerão com ele, sua ambição foi alimentada desde a infancia...e agora? A realidade não tem mais fadas, ou papai noel para trazer todos os seus desejos materiais.

Eu sei...tenho que ser forte e ignorar um pouco a fofura e ensinar meu bebezinho que o mundo não é um lugar onde TUDO o que queremos cai do céu... e que basta chorar para todas as necessidades serem supridas.

O bebê precisa aprender desde o berço, quem são os pais e qual o papel dele na família... ou seja, como dizia a SUA avó ... é de pequeno que se torce o pepino.

E eu como mamãe preciso aprender que torcer o pepino vai doer mais em mim!

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